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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Aglomerado aberto NGC4755, a "caixinha de jóias"

Ao olharmos o céu estrelado, podemos notar que nem todas as estrelas são damesma cor. Algumas parecem brancas, outras são alaranjadas ou mesmo azuladas. Veja por exemplo o aglomerado aberto NGC4755, conhecido como "caixinha de jóias" e que fica na constelação do Cruzeiro do Sul, à esquerda e abaixo da Estrela Mimosa. Em 1893 Wilhelm Wien descobriu que o comprimento de onda da radiação emitida por um corpo negro era inversamente proporcional à sua temperatura, ou seja, à medida que a temperatura dos corpos aumenta, sua cor tende a mudar para o azul. Se as cores das estrelas pudessem ser medidas com precisão, então a temperatura de suas superfícies poderia ser deduzida. Ver Classificação Espectral das Estrelas neste Blog. Na época, eram utilizadas emulsões fotográficas, que eram mais sensíveis ao azul do que o olho humano. Assim, os chamados índices de cor eram calculados através da diferença entre as magnitudes registradas em filme e as magnitudes registradas visualmente pelos astrônomos. Sem a ajuda de equipamentos, é difícil quantificar o avermelhamento de uma estrela em relação a outra, ou mesmo comparar com exatidão o brilho de cada uma. Duas estrelas com a mesma magnitude visual, uma azul e a outra vermelha, podem facilmente nos enganar: uma delas parecerá mais brilhante devido à sensibilidade dos nossos olhos a certos comprimentos de onda. E cada pessoa poderá ter uma impressão diferente, tornando o resultado às vezes algo muito subjetivo. O olho humano normal, à luz do dia, tem sensibilidade maior à cor verde (comprimento de onda de mais ou menos 550 nm). Mas sob pouca luminosidade, a maior sensibilidade muda para algo em torno de 500 nm.

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