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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O Voo (sem assento!)

O Vôo - Menotti Del Picchia -

Goza a euforia do vôo do anjo perdido em ti.
Não indagues se nossas estradas, “Tempo e vento” desabam no abismo...
Que sabes tu do fim ?Se temes que teu mistério seja uma noite, enche-a de estrelas.
Conserva a ilusão de que teu vôo te leva sempre para o mais alto.
No deslumbramento da ascensão se pressentires que amanhã estarás mudo
esgota, como um pássaro, as canções que tens na garganta...
Canta...Canta para conservar uma ilusão de festa e de vitória.
Talvez as canções adormeçam as feras, que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste não és mais que um vôo no tempo rumo ao céu?
Que importa a rota? Voa e canta enquanto resistirem as asas.
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Dedico aos leitores este poema , desejando um Feliz Natal e que 2009 seja melhor , muito melhor que 2008.
Este poema de Menotti del Picchia, um dos protagonistas da Semana da Arte Moderna, é muito especial para mim porque ele tem realidade e um pouco da Mitologia Grega, lembra Ícaro, que voou enquanto resistiram as suas asas de cera que foram derretidas pelo Sol e se afogou no Mar Egeu. Muito bonito.

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