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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Estudante cria bolsa que capta luz solar e se ilumina


Forro iluminado ajuda a ver o conteúdo no escuro... Um estudante de uma universidade da Grã-Bretanha criou um novo tipo de bolsa feminina com um sistema de iluminação interna para ajudar as pessoas a encontrar coisas perdidas lá dentro. A bolsa, chamada de Sun Trap, usa uma célula de energia instalada na parte de fora para armazenar a força gerada pela luz do Sol. A energia é então guardada em uma bateria, que faz acender o forro da bolsa cada vez que o zíper é aberto. A iluminação é desligada quando a bolsa é fechada ou quando é deixada aberta por mais de 15 segundos. Celular : Além de usar energia solar e se recarregar automaticamente, a bateria da bolsa tem ainda um mecanismo que permite que ela seja carregada normalmente na tomada, em caso de necessidade. Por outro lado, a bateria da bolsa também poderia ser conectada com um celular para recarregá-lo. Rosanna Kilfidder, a inventora, estuda na Universidade Brunel e disse que se inspirou nas “milhares de vezes” que viu amigas e até ela mesma procurando chaves e outros objetos na bolsa em situação de pouca claridade. A criação de Kilfidder venceu um concurso realizado na universidade, e agora um órgão da Brunel, o Centro de Empreendimentos, está ajudando a estudante a patentear a idéia e a viabilizar sua comercialização.

Fonte BBC 26 de Setembro de 2005

Grã-Bretanha instala semáforos movidos a energia solar


O Sistema pode armazenar energia por 5 dias. O primeiro semáforo movido a energia solar do mundo, criado por um engenheiro britânico, foi colocado numa estrada da Grã-Bretanha, nesta quarta-feira. O engenheiro Brian Ellis, de Suffolk, no interior da Inglaterra, decidiu desenvolver o sistema depois de ter ficado acordado durante toda a noite pelo barulho do gerador que movia o semáforo em frente à sua casa.E a empresa responsável pela fabricação dos equipamentos já anunciou que pretende instalar os semáforos movidos a luz solar em toda a região da East Anglia, ao leste do país.Energia armazenadaOs painéis solares armazenam em baterias o excesso de energia gerada durante o dia, que fazem os semáforos funcionar durante toda a noite.Brian Ellis conta que, há três anos, estava desenvolvendo uma britadeira usando energia solar quando achou que devia fazer alguma coisa para acabar com o semáforo barulhento em frente à sua casa."O gerador era tão barulhento que não consegui dormir durante toda a noite". Ellis também conta que o cheiro exalada pela máquina, movida a óleo diesel, era muito ruim. Semáforo ecológico"Eu percebi que tinha que haver uma maneira mais ecológica de fazer um semáforo funcionar, provavelmente usando energia solar", afirmou.Limpo e eficienteOs novos semáforos são considerados mais limpos, seguros e silenciosos. A manutenção também é mais fácil e barata, de acordo com a empresa responsável pela instalação.Como o sol nem sempre é abundante na Grã-Bretanha, a bateria é capaz de armazenar energia suficiente para fazer o semáforo funcionar por até cinco dias e noites, sem precisar ser recarregado.Agora, Ellis quer continuar desenvolvendo novos usos para energia solar. Ele diz que gostaria de ver a energia solar sendo utilizada para iluminar teatros nos países pobres da África.
Fonte BBC 16 Agosto 2001

Avião faz vôo mais longo sem tripulação

O Zephyr chegou a ultrapassar os 18 mil metros de altitude !
Um avião de fabricação britânica bateu o recorde oficial para o vôo mais longo de nave movida a energia solar sem tripulantes já feito. A empresa britânica de defesa Qinetiq, que construiu o avião - batizado de Zephyr - disse que o aparelho voou por 54 horas durante os testes. Os pesquisadores dizem que foi a primeira vez que uma nave movida a energia solar voou com energia própria durante duas noites consecutivas. O recorde anterior para aviões sem tripulação foi estabelecido em 2001 por um jato de rastreamento Global Hawk da Força Aérea americana que voou durante mais de 30 horas. O vôo de 54 horas do Zephyr não vai entrar no livro dos recordes porque representantes da federação mundial de esportes aéreos - Fédération Aéronautique Internationale ou FAI na sigla francesa - não foram avisados do teste, feito em segredo. Entretanto, a entidade foi informada sobre um segundo vôo, com duração de 33 horas, que talvez possa se tornar o novo recorde oficial. A equipe que desenvolveu o avião diz estar convencida de que construiu um batedor de recordes, qualquer que seja a decisão da FAI. "Este avião irá muito mais alto e muito mais longe", disse à BBC Chris Kelleher, diretor técnico e "piloto" do Zephyr. "Você ainda não viu nada". O Zephyr foi desenvolvido para tirar fotos de um balão gigante de hélio projetado para quebrar o recorde mundial de altitude para balão de gás em 2003. O projeto teve de ser abandonado por causa de um vazamento no balão. Mas a empresa continuou a desenvolver o avião para usos militares, observação da Terra e comunicações. Os testes mais recentes foram feitos na base americana militar White Sands Missile Range, no Novo México. Durante o primeiro vôo, a aeronave, que tem um comprimento de asa de 18 metros, voou durante mais de dois dias antes de apresentar uma falha. O segundo vôo, mais curto, foi interrompido por causa de uma tempestade. "O que ficou provado - e o que foi inédito no mundo - é que o avião voou usando seu sistema solar-elétrico de energia durante dois ciclos diurnos completos", disse Paul Davey, diretor comercial do Zephyr. "A aeronave voou com energia solar e carregou suas baterias durante o dia, descarregou as baterias durante a noite e continuou no alto na madrugada seguinte, quando o ciclo foi repetido", disse Davey. Durante os vôos, o Zephyr chegou a mais de 18 mil metros. O avião foi manualmente decolado e conduzido até uma altitude de três mil metros. "No solo temos toda a instrumentação que um piloto veria em um avião tripulado", explicou Kelleher. "Temos um painel básico de instrumentos, visão dianteira (obtida por uma câmera) e toda a telemetria voltando para nós". Um piloto automático assumiu os controles durante o restante dos testes. O Zephyr não é o primeiro avião movido a energia solar a voar durante uma noite inteira. Uma nave chamada SoLong, desenvolvida pela empresa americana AC propulsion, voou durante 48 horas em 2005. Entretanto, a nave não foi movida a motor constantemente durante o vôo. Em algumas ocasiões ela teve de planar. Outras companhias e organizações desenvolveram aeronaves similares, entre elas a Nasa. A empresa suíça ETH também está construindo uma nave deste tipo, embora bem menor do que o Zephyr, para uso em Marte.

Fonte BBC Brasil 10 de Setembro de 2007 Jonathan Fildes

Sensor converte impacto da chuva em energia elétrica


Nova técnica converte impacto dos pingos em energia elétrica. A edição desta semana da revista britânica de ciência New Scientist publica um artigo sobre uma nova técnica, desenvolvida por cientistas da Comissão de Energia Atômica (CEA), em Grenoble, na França, capaz de coverter a força do impacto criado por pingos de chuva em energia elétrica. Segundo a publicação, os pesquisadores, liderados por Jean-Jacques Chaillout, criaram sensores produzidos com materiais piezo-elétricos - que geram voltagem a partir da força mecânica - para converter o impacto dos pingos em quantidades pequenas de energia. "Pensamos nos pingos de chuva porque ainda são fontes de energia ainda inexploradas na natureza", disse Chaillout à New Scientist.
Os sensores de energia pluvial serão capazes de produzir apenas 1 watt de eletricidade por hora, por ano, por metro quadrado - quantia 1 milhão de vezes menor do que a energia elétrica criada a partir da energia solar na França. De acordo com Paul Marks, autor do artigo, a quantidade de energia criada pelos sensores ainda é pequena, mas a pesquisa representa uma idéia inovadora. "O mais importante é que esta técnica está disponível", disse Marks à BBC Brasil. A equipe de Chaillout iniciou a pesquisa analisando os diferentes tipos de chuva. As análises indicaram que a garoa produz pingos de cerca de 1 milímetro de diâmetro que provocam um impacto energético menor do que pingos causados por pancadas de chuva, que chegam a 5 milímetros.
A partir dos resultados, os cientistas fizeram simulações para observar como os pingos caem sobre determinadas superfícies, a fim de estabelecer o tamanho do sensor a ser criado para converter a energia do impacto. Segundo o estudo, o sensor, de 25 micrômetros, é feito de um material piezo-elétrico chamado polivinilideno fluorado (PVDF), resistente à temperatura ambiente. A pesquisa indica ainda que o sensor foi capaz de criar 1 micro-watt de energia por pingo de chuva leve. "Apesar da energia ser pequena comparada à solar, a energia pluvial tem a vantagem de funcionar no escuro e pode ser usada para complementar dispositivos de energia solar", diz a New Scientist. De acordo com os cientistas, a primeira aplicação dos sensores poderá ser em torres de resfriamento de estações de energia nuclear, onde a acumulação de resíduos líquidos reduz a eficiência do resfriamento. O time de pesquisadores planeja criar um sensor na superfície dos resíduos que será acionado pelos pingos formados pelo vapor condensado nas torres. Os cientistas indicam ainda que os sensores de energia pluvial poderão ser usados, a médio prazo, em um dispositivo auto-acionado que poderá ser acoplado aos pára-brisas dos carros ou em dispositivos que transmitam a qualidade do ar para centros de análise. O estudo também sugere a criação de um sistema capaz de armazenar a energia captada pelos sensores e que poderia, por exemplo, carregar baterias.

Fonte BBC Brasil 24 janeiro de 2008

Austrália faz corrida de carros movidos a energia Solar


Os veículos fazem um percurso de cerca de 3 mil quilômetros. Cerca de 40 carros movidos a energia solar participam na Austrália de uma corrida internacional para promover o uso de energias alternativas. A largada é na cidade de Darwin, no norte da Austrália. Após um percurso de 3 mil quilômetros, os veículos, representando equipes de 19 países, concluem a corrida em Adelaide, no sul do país. Combustível é que não falta, pelo menos durante o dia. As temperaturas podem chegar a quase 50 graus em algumas regiões. À noite, sem sol, carro e equipe acampam para retomar a corrida no dia seguinte. A corrida se realiza a cada dois anos. A primeira foi em 1987, mas o evento está ficando cada vez mais conhecido, com o interesse por energia sustentável e a preocupação com o aquecimento global. O recordista da prova fez o percurso em um total de menos de 30 horas. Carros híbridos e carros movidos a etanol competem, mas em categorias próprias.
Fonte BBC Brasil em 22 de Outubro de 2007

Indiano cria carro movido a energia solar


O Kanso é um carro híbrido, movido a energia solar e combustível. Após o lançamento do carro mais barato do mundo, o Nano, foi criado um carro híbrido movido a energia solar e combustível, também na Índia. O Kanso tem um motor de 100 cilindradas e atinge uma velocidade máxima de 40 km/h. De acordo com seu criador, Kanak Gogoi, o carro é uma boa alternativa ecológica em tempos de alta de preços dos combustíveis. "Durante o dia, pode-se andar com energia solar e usar a bateria. Depois disso, é possível usar o combustível. E o interessante é que, depois de uma hora de uso do combustível para andar, as baterias são recarregadas", explicou Gogoi. Fonte BBC Brasil em 16 de Janeiro de 2008.

Carro movido a energia solar é apresentado em Bali



Um táxi movido a energia solar fabricado na Suíça é uma das atrações da conferência de mudanças climáticas da ONU em Bali. O carro foi idealizado pelo professor Louis Palmer, de 34 anos, como uma maneira de ensinar aos alunos sobre energia renovável. "Nós temos problemas, temos o aquecimento global", afirmou. "Mas nós também temos soluções, temos a energia solar, o carro funciona." Os painéis puxados pelo carro fornecem energia suficiente para 100 quilômetros por dia. Mas nem todo mundo concorda que o carro movido a energia solar será a solução para acabar com a emissão de gases causadores do efeito estufa por automóveis tradicionais. "A superfície dos painéis não oferece energia suficiente para que o carro funcione 100%", diz o representante da Agência Internacional de Energia, Cedric Philibert. Ele acrescenta, no entanto, que a energia solar poderá estar por trás de algumas funções do carro, como janelas automáticas e ar condicionado. Fonte BBC Brasil, 7 de Dezembro de 2007

terça-feira, 22 de abril de 2008

Europeus querem energia solar em 300 mil casas

Objetivo do bloco é usar cada vez mais fontes renováveis de energia. A União Européia deve ter até 2013 um parque de produção de energia solar com 300 megawatts de potência total, capaz de abastecer mais de 300 mil residências. O anúncio foi feito em 30 de Março de 2007 em Bruxelas, durante a inauguração da primeira central do futuro parque termoelétrico, construída em Sevilha, no sul da Espanha. Chamada PS10, a primeira central tem capacidade para produzir 23 gigawatts de eletricidade por ano, quantidade suficiente para abastecer uma localidade de até 10 mil residências. Com essa produção de energia solar, a UE poderá deixar de emitir anualmente quase 16 mil toneladas de CO2. "Estas novas tecnologias dão à Europa una nova opção para lutar contra a mudança climática e aumentar a segurança energética", disse o comissário europeu de Energia, Andris Pielbags, recordando o plano da União Européia de que 20% de toda a energia consumida pelo bloco venha de fontes renováveis até 2020. O projeto, realizado pela empresa espanhola Abengoa, custou 35 milhões de euros e foi parcialmente financiado pela União Européia.
" Espelhos "
A PS10 é a primeira planta termoelétrica da Europa que produz energia por meio de concentração solar.
Com essa tecnologia, 624 espelhos móveis (heliostatos), cada um com 120 metros quadrados de superfície, direcionam a radiação solar a uma torre de 115 metros de altura. Ali, a radiação é concentrada em um receptor e transformada em eletricidade por uma usina de vapor. Na quarta-feira, Portugal inaugurou o que classificou de "a maior usina de energia solar do mundo", uma central capaz de fornecer eletricidade a até 8 mil residências. Construída por empresas portuguesas e americanas, perto da cidade de Serpa, na região do Alentejo, no sul do país, a usina funciona com tecnologia fotovoltaica, diferente da espanhola, mas que não perde nada em eficiência. Márcia Bizzotto de Bruxelas para BBC de Londres em 30.03.07

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Programa argentino calcula risco de exposição ao Sol

Programa leva em conta lugar da exposição e o tipo de pele. Cientistas argentinos desenvolveram um programa de computador que calcula o tempo de exposição segura ao sol, sem riscos para a pele. Batizado de UVARG, o software foi criado pelo Grupo de Energia Solar do Instituto de Física de Rosario, na Argentina, pela Universidade de Innsbruck e pela Fundação Argentina de Câncer da Pele. O chefe da equipe, Doutor Rubén Piacentini, explicou à BBC que o usuário deve colocar o seu tipo de pele, o tipo de superfície onde ele se encontra (areia, água, cimento, etc), a hora do dia e o local onde está, para saber quanto tempo pode se expor e que tipo de protetor solar deve utilizar. "O que o programa determina é o tempo máximo recomendado para de exposição à radiação ultravioleta, que afeta a pele em caso de exposição," disse Piacentini.
" Adaptação Necessária em outros Países "
Por enquanto, o programa só calcula o tempo de exposição ao sol dentro da Argentina, mas Piacentini diz que é possível fazer o mesmo em qualquer país. A equipe viajou por todo o país medindo os raios ultravioleta e a camada de ozônio em diferentes regiões e constatou que a camada de ozônio sobre a Argentina está estabilizada. Segundo a Organização Mundial de Saúde, todos os anos cerca de 132 mil novos casos de câncer de pele são diagnosticados em todo o mundo. De acordo com os especialistas, quatro em cada cinco casos de câncer podem ser prevenidos com precauções como a exposição adequada ao Sol.

Saint-Gobain em Vila Franca faz vidro para Energia Solar

A Covilis, participada portuguesa da vidreira Saint-Gobain, vai anunciar hoje 21 de Abril de 2008 um investimento de 20 milhões de euros na sua unidade de Vila Franca de Xira, um projecto que recebeu o estatuto de PIN (Potencial Interesse Nacional).
A unidade irá produzir espelhos curvos de alto rendimento destinados ao mercado da energia solar (CSP - Concentrate Solar Power), segundo informação divulgada pelo Ministério da Economia e Inovação.
Ou seja, a unidade irá produzir espelhos para aproveitar e concentrar a luz do sol, ficando a fábrica implantada nas atuais instalações da Covilis, que serão ampliadas em 12 mil metros quadrados, totalizando 20 mil metros quadrados de área. Será a maior (e única) fábrica de espelhos cilíndricos do mundo, com uma capacidade superior a cinco campos solares. O projecto inclui ainda o aumento da capacidade de produção de vidro temperado destinado a painéis térmicos e fotovoltaicos

domingo, 20 de abril de 2008

Sol do deserto africano poderia aquecer Europa

A energia solar já é usada em casas, escritórios e até carros. Cientistas alemães estão propondo a instalação de um gigantesco campo de espelhos em uma área desértica no norte da África para gerar energia solar para a Europa. O plano foi detalhado em um relatório sobre fontes alternativas de energia apresentado ao governo da Alemanha. Usinas desse tipo já são usadas hoje na Espanha, na Austrália e em Nevada, nos Estados Unidos.
A proposta dos cientistas alemães é expandir esse conceito para produzir, em grande escala, energia que não polua o ambiente e a preços competitivos. Os painéis seriam instalados no norte da África e a energia gerada seria destinada a consumo por países europeus. O plano recebeu o nome de Energia Solar Concentrada.
Um dos cientistas envolvidos, Gerhard Knies, explicou à BBC como a usina solar funcionaria. "Quando você concentra luz, seja com uma lente, ou com um espelho, você gera calor", disse Knies. "Então você pode gerar, a partir da luz do sol, temperaturas altíssimas, de 200, 300 e até 400 graus centígrados." "Isso é suficiente para ferver a água. Quando você ferve a água, cria vapor. Com o vapor, você move uma turbina que é conectada a um gerador elétrico – então você obtém eletricidade." Segundo estimativas, a luz do sol produz anualmente energia equivalente a 1,5 milhões de barris de petróleo para cada quilômetro quadrado de superfície. A usina de energia solar tem a aparência de um campo coberto de espelhos, cada um com uma largura aproximada de 10 metros. A luz que chega ao espelho é concentrada e refletida sobre um cano. A luz do sol é absorvida e a água começa a ferver. Os pesquisadores dizem que uma área relativamente pequena dos desertos quentes do mundo - cerca de 0,5% - teria de ser coberta com os coletores solares para atender às necessidades de energia elétrica do planeta. Para abastecer toda a Alemanha, por exemplo, seria necessária uma área equivalente às cidades de Berlim e Hamburgo juntas", disse Knies. Os cientistas planejam instalar os espelhos no norte da África. De lá, a energia terá de ser transportada para a Europa. Knies explicou que o norte da África já está conectado com a Europa a partir de cabos de energia elétrica. Os cabos passam pelo Mar Mediterrâneo e pelo Estreito de Gibraltar, disse. "Essa rede teria de ser expandida." Segundo ele, o esquema é comercialmente viável.
"Quando você quer transmitir energia através do mar ou entre distâncias acima de 500 a mil kilômetros, esses cabos são a melhor opção do ponto de vista econômico." "Hoje há cabos conectando a Noruega e a Alemanha, por exemplo, e em dezenas de lugares pelo mundo." Knies admite que construir os campos de espelhos e a tecnologia associada custa dinheiro, mas ele argumenta que combustíveis fósseis também são caros.
"O importante é ser competitivo." O cientista disse que com o preço do barril de petróleo entre US$ 50 e US$ 60, já é vantajoso financeiramente coletar energia do sol. Hoje em dia, já está acima dos US$115,00, o que torna uma alternativa muito viável. “Essa tecnologia pode competir com o petróleo nesse preço”, disse.
Os defensores da tecnologia dizem que este método de gerar energia solar tem uma vantagem adicional sobre outras tecnologias que utilizam luz do sol, porque a água quente pode ser armazenada, mantendo as turbinas em funcionamento horas após o cair da noite. Além disso, dizem os cientistas, os espelhos criam áreas de sombra que podem ser usadas para agricultura e irrigadas com água dessalinizada gerada pela usina.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Estudo derruba ligação entre raios solares e aquecimento global

A quantidade de nuvens afeta a temperatura na Terra, Cientistas britânicos produziram novas e convincentes provas de que a mudança climática atual não é causada por mudanças na atividade solar.
A pesquisa contradiz a teoria favorita dos "céticos" do aquecimento global, segundo a qual raios cósmicos vindos para a Terra - e não as emissões de carbono - determinam a quantidade de nuvens no céu e a temperatura no planeta.
A idéia é que variações na atividade solar afetam a intensidade dos raios cósmicos, mas cientistas da Universidade de Lancaster descobriram que não houve nenhuma relação significativa entre as duas variáveis nos últimos 20 anos.
Apresentando suas descobertas na revista científica Environmental Research Letters, a equipe britânica explicou que foram usadas três diferentes maneiras para procurar uma correlação, e praticamente nenhuma foi encontrada.
Esta é a mais recente prova a colocar sob intensa pressão a teoria dos raios cósmicos, desenvolvida pelo cientista dinamarquês Henrik Svensmark, do Centro Espacial Nacional da Dinamarca.
As idéias defendidas por Svensmark formaram o principal argumento do documentário The Great Global Warming Swindle (A Grande Fraude do Aquecimento Global, em tradução livre), exibido pela televisão britânica, que intensificou os debates sobre as causas das mudanças climáticas atuais.
"Começamos este jogo por causa do trabalho de Svensmark", disse Terry Sloan, da Universidade de Lancaster.
"Se ele está certo, então estamos no caminho errado tomando todas essas medidas caras para cortar as emissões de carbono; se ele está certo, podemos continuar a emitir carbono normalmente."
Os raios cósmicos são refletidos da superfície da Terra pelo campo magnético do planeta e pelo vento solar - correntes de partículas eletricamente carregadas vindas do Sol. A hipótese de Svensmark é que, quando o vento solar está fraco, mais raios cósmicos penetram na atmosfera, o que aumenta a formação de nuvens e esfria o planeta. Quando os raios solares estão mais fortes, a temperatura na Terra sobe.
A equipe de Terry Sloan estudou essa relação analisando partes do planeta e períodos de tempo em que se registraram a chegada forte ou fraca de raios cósmicos. Eles então verificaram se isso afetou a formação de nuvens nesses locais e nesses momentos e não encontraram nada.
No curso de um dos ciclos naturais de 11 anos do Sol, houve uma frágil correlação entre a intensidade dos raios cósmicos e a quantidade de nuvens no céu. Mesmo assim, a variação dos raios cósmicos explicaria apenas um quarto das mudanças nas nuvens. No ciclo seguinte, nenhuma relação foi encontrada.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em sua vasta avaliação sobre a questão feita no ano passado, concluiu que desde que as temperaturas começaram a aumentar rapidamente nos anos 70, os gases de efeito estufa produzidos pelo homem tiveram um peso 13 vezes maior no aquecimento global que a variação da atividade solar. Tentamos corroborar a hipótese de Svensmark, mas não conseguimos. Até onde podemos constatar, ele não tem nenhuma razão para desafiar o IPCC - o IPCC está certo. Então, é melhor continuarmos a cortar as emissões de carbono", disse Terry Sloan segundo artigo de Richard Black para a BBC News