E a confiança em biocombustíveis contra aquecimento é baixa, mostra pesquisa. Tomadores de decisão com influência sobre a questão das mudanças climáticas acreditam pouco nos biocombustíveis como uma tecnologia capaz de reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global, segundo uma pesquisa feita pela organização internacional IUCN, ou União Mundial pela Conservação. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira em Bali, na Indonésia, durante a reunião da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), indica que esses tomadores de decisão confiam mais nas bicicletas do que nos biocombustíveis como forma de combater o aquecimento global. A IUCN ouviu mil integrantes de governos, de organizações não governamentais e do setor industrial de 105 países. O secretário-executivo da UNFCCC, Yvo de Boer, disse durante as negociações em Bali que “a tecnologia precisa estar no centro da resposta futura às mudanças climáticas”.
A pesquisa da IUCN procurou avaliar as tecnologias disponíveis que inspiram mais confiança em sua capacidade de combater o aquecimento global.
A pesquisa da IUCN procurou avaliar as tecnologias disponíveis que inspiram mais confiança em sua capacidade de combater o aquecimento global.
Primeira geração
Das 18 soluções tecnológicas apresentadas pela pesquisa com potencial para “reduzir os níveis de carbono nos próximos 25 anos”, a menor taxa de confiança (21%) foi dada à produção atual de biocombustíveis a partir de cultivos agrícolas, como cana-de-açúcar, milho ou soja , considerados “biocombustíveis de primeira geração”.
A chamada “segunda geração” de biocombustíveis, feitos a partir de celulose, que utilizam, por exemplo, restos da colheita de alimentos, tem uma aprovação melhor na pesquisa, com 43% (sétima solução mais bem aceita). Estes combustíveis, porém, ainda não estão disponíveis em larga escala.
As soluções com maior índice de aprovação na pesquisa são o uso de energia solar para aquecimento de água (74%), energia solar para geração de energia elétrica (73%), produção de energia eólica com moinhos no mar (62%) e energia eólica com moinhos no continente (60%). Entre as soluções que menos inspiram confiança, além dos biocombustíveis de primeira geração, estão as grandes hidrelétricas (26%), veículos movidos pela força humana, como bicicletas (28%), gás natural (29%) e tecnologia nuclear existente (29%).
Das 18 soluções tecnológicas apresentadas pela pesquisa com potencial para “reduzir os níveis de carbono nos próximos 25 anos”, a menor taxa de confiança (21%) foi dada à produção atual de biocombustíveis a partir de cultivos agrícolas, como cana-de-açúcar, milho ou soja , considerados “biocombustíveis de primeira geração”.
A chamada “segunda geração” de biocombustíveis, feitos a partir de celulose, que utilizam, por exemplo, restos da colheita de alimentos, tem uma aprovação melhor na pesquisa, com 43% (sétima solução mais bem aceita). Estes combustíveis, porém, ainda não estão disponíveis em larga escala.
As soluções com maior índice de aprovação na pesquisa são o uso de energia solar para aquecimento de água (74%), energia solar para geração de energia elétrica (73%), produção de energia eólica com moinhos no mar (62%) e energia eólica com moinhos no continente (60%). Entre as soluções que menos inspiram confiança, além dos biocombustíveis de primeira geração, estão as grandes hidrelétricas (26%), veículos movidos pela força humana, como bicicletas (28%), gás natural (29%) e tecnologia nuclear existente (29%).
Contribuição
A pesquisa também indicou que quase metade dos entrevistados (48%) acredita que a maior contribuição para mitigar os efeitos do aquecimento global nos próximos dez anos deverá vir da redução da demanda por energia e do aumento da eficiência energética. Para 35% dos entrevistados, a maior contribuição virá de fontes de suprimento de energia mais limpa, enquanto 18% acreditam nas tecnologias para captura de carbono como a melhor maneira de mitigar a mudança climática na próxima década. A pesquisa da IUCN também indicou um pessimismo em relação à possibilidade de que haja um acordo até 2009 para substituir o atual Protocolo de Kyoto, que vence em 2012. Um terço dos entrevistados (33%) considera pouco provável ou muito pouco provável que um acordo seja conseguido até 2009. Apenas 6% consideram um acordo muito provável, enquanto 21% disseram acreditar que um acordo é provável; 37% disseram ter uma visão neutra sobre a possibilidade de um acordo.