
Sirius ou Sírio (α CMa / α Canis Majoris /
Alpha Canis Majoris) é a
estrela mais brilhante no
céu noturno, com uma
magnitude aparente de −1,46, localizada na
constelação de
Canis Major. Pode ser vista a partir de qualquer ponto na
Terra, sendo que, no
hemisfério norte é considerada o
vértice do
Triângulo Invernal. Dista 2,6
parsec (ou 8,57
anos-luz) da Terra, sendo por isso uma das estrelas mais próximas do
nosso planeta. A sua estrela vizinha mais próxima é
Procyon, à distância de 1,61
pc ou 5,24
anos-luz, com um
espectro de tipo A0 ou A1 e uma
massa cerca de 2,4 vezes maior que a massa do
Sol. A melhor época do ano para observação situa-se em meados do mês de
janeiro, quando atinge o meridiano à meia-noite. O termo Sirius deriva do
latim sīrius e do
grego σείριος (seirios, "brilhante"). Sendo a principal
estrela da
constelação do “Cão Maior”, é muitas vezes apelidada de “Estrela do Cão” ou “Estrela Canina”. Também é conhecida pelo nome
latino “Canicula” (“pequeno cachorro”) e como الشعرى aš-ši’rā, em
árabe, donde deriva o nome alternativo “Ascherre”. Do ponto de vista histórico, Sirius sempre foi o centro das atenções, fruto de um significado muito especial dado pelas mais diversas culturas. Foi alvo de adoração sob a alcunha de
Sothis no
Vale do Nilo do
Egipto, muito antes de
Roma ter sido fundada, tendo sido construídos diversos templos de forma a permitir que a luz de Sirius penetrasse em seus altares internos. Crê-se que o
calendário egípcio seria baseado na
ascensão helíaca de Sirius, a qual ocorre um pouco antes das cheias anuais do rio
Nilo e do
solstício de verão. Na
mitologia grega, consta que os cães caçadores de
Órion teriam sido elevados ao céu, pelas mãos de
Zeus, na forma da estrela de Sirius ou do conjunto de constelações de
Cão Maior e
Cão Menor. Os
antigos gregos também associavam Sirius ao calor do verão, apelidanndo-a de
Σείριος (Seirios), geralmente traduzido como o escaldador, o que explicaria, por exemplo, a expressão calor do cão.
Sistema Binário Em
1844,
Friedrich Wilhelm Bessel deduzira que Sirius era na verdade um
sistema binário e em
1862 Alvan Graham Clark identificara a
estrela companheira, apelidando-a de Sirius B ou, carinhosamente, “o cachorrinho”, sendo que as duas estrelas orbitam entre si separadas por 20
unidades astronômicas aproximadamente. A estrela visível a olho nu é atualmente referida como Sirius A. Em
1915 astrônomos do
Observatório de Monte Wilson determinaram que Sirius B era uma
anã branca, a primeira a ser descoberta. Curiosamente, isso significa que Sirius B terá tido originalmente uma massa muito superior à de Sirius A.
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