
Alpha Tauri (α Tau) conhecida como Aldebarã ou Aldebaran é a
estrela mais brilhante da constelação
Taurus. É também designada pelos nomes de Cor Tauri; Parilicium ou ainda, pelos códigos HR1457 e HD29139. Na Grécia antiga era conhecida como "tocha" ou "facho". Se imaginarmos a imagem sugerida para a constelação, a estrela ocupará sensivelmente a posição do olho esquerdo do
Touro mítico. O seu nome provém da palavra
árabe الدبران Al-dabarān que significa
"aquela de segue" – referência à forma como a estrela parece seguir o
aglomerado estelar das
Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu noturno. Quase parece que Aldebarã pertence ao mais disperso dos enxames estelares (as
Híades) que constitui, também, o aglomerado mais próximo da Terra. Contudo, a maior parte dos autores crê que, na verdade, está apenas localizada na mesma direcção da linha de visão entre a Terra e as Híades – sendo, portanto, uma estrela independente. Aldebarã é uma das estrelas mais facilmente identificáveis no céu noturno, tanto devido ao seu brilho como à sua localização em relação a uma das figuras estelares mais conhecidas do céu. Identificamo-la rapidamente se seguirmos a direção das três estrelas centrais da constelação de
Orion (designadas popularmente por “três Marias” ou “Três Reis Magos”), da esquerda para a direita (no hemisfério norte) ou da direita para a esquerda, no hemisfério sul – Aldebarã é a primeira das estrelas mais brilhantes que encontramos no seguimento dessa linha. Pode ser vista em Portugal (zona média do hemisfério norte) de Outubro a Março. Portanto as Híades e as Plêiades estão na Constelação do Touro.
Comparação do tamanho relativo de Aldebaran e do Sol, Aldebarã é uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma
gigante vermelha), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da
sequência principal do
Diagrama de Hertzsprung-Russell depois de ter gasto todo o
hidrogénio que constituía o seu “combustível”. Tem uma companheira menor (uma estrela mais pálida, tipo M2 anã que orbita a várias centenas de
UA). Actualmente, a sua energia provém apenas da fusão de
hélio, da qual resultam cinzas de
Carbono e
Oxigénio. O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente 5,3
× 10a7
km, ou seja, cerca de 38 vezes maior que o
Sol (outras fontes referem que é 50 vezes maior). As medições efectuadas pelo satélite
Hipparcos localizam a estrela a 65,1
anos-luz da Terra, e permitem saber que a sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude). É ligeiramente
variável, do tipo
variável pulsante, apresentando uma variação de cerca de 0.2 de magnitude. Outras fontes referem que se situa a 72 anos-luz da Terra e que é 360 vezes mais luminosa que o Sol (outras, ainda, referem apenas 100 vezes mais luminosa). Em
1997, uma equipe de astrônomos (incluindo
Artie P. Hatzes e
William D. Cochran) anunciou a descoberta de um corpo satélite que pode ser um grande planeta ou uma
anã castanha que terá, no mínimo, 11 vezes a massa de
Júpiter e que orbitaria a uma distância de 1.35 UA. A descoberta não foi, contudo, ainda confirmada por outros astrônomos, sendo referidas outras explicações para os dados apresentados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário